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A bela Adormecida

A Bela Adormecida

Há muito tempo, existia um reino com um jovem rei infeliz e uma rainha que desejavam ter filhos, mas eram incapazes de tê-los. O rei suspirava frequentemente para mostrar o quanto desejava uma criança, especialmente uma menina, talvez até gêmeas. Mesmo sendo muito ricos, o casal real estava sempre triste, o que lançava um clima melancólico sobre o palácio.

No parque real, a rainha estava tomando um banho em um riacho numa tarde de verão quando um pequeno sapo pulou do nada. O sapo prometeu à rainha que logo o seu desejo seria realizado e, antes que um ano se passasse, ela daria à luz uma menina. Fiel à predição do sapo, meses depois, a rainha deu as boas-vindas a uma linda menina chamada Aurora.

Radiante de alegria, o rei organizou uma extravagante festa de batizado, convidando uma multidão de súditos e doze fadas como convidadas de honra. No entanto, surgiu um dilema – havia treze fadas, mas apenas doze pratos dourados para os convites. Temendo ofensa, o rei decidiu excluir a décima terceira fada, presumindo que ela não saberia sobre a celebração.

Cada fada concedeu presentes maravilhosos à Princesa Aurora, desde beleza e caráter justo até riquezas inimagináveis e um coração caridoso. No entanto, o clima ficou sombrio quando a décima terceira fada, não convidada, chegou, expressando seu descontentamento. Em uma proclamação vingativa, ela declarou que, aos quinze anos, Aurora espetaria o dedo em um fuso e sucumbiria à morte.

A décima segunda fada, incapaz de reverter completamente a maldição, a modificou. Aurora não morreria, mas dormiria por cem anos até ser despertada pelo beijo de um príncipe. Determinado a frustrar a maldição, o rei ordenou a queima de todos os fusos no reino, permitindo apenas que a torre do castelo retivesse um.

Apesar da maldição, Aurora prosperou, incorporando as virtudes concedidas pelas fadas. Conforme ela se aproximava dos quinze anos, o rei e a rainha, absortos em uma viagem de caça, pareciam ter esquecido a profecia da fada malvada. Aurora, entediada e curiosa, explorou o castelo e encontrou uma velha fiando em uma pequena sala.

Intrigada, perguntou sobre a roda de fiar, e em um momento de impulsividade, espetou o dedo. À medida que a maldição se instalava, um sono profundo envolveu todo o palácio – rei, rainha, cavalos, galinhas e até o vento na floresta cessaram.

Uma vasta floresta cresceu ao redor do castelo, escondendo-o da vista. Histórias da bela adormecida, injustamente punida, passavam pelas aldeias vizinhas. Almas corajosas tentaram alcançar o castelo, mas enfrentaram a barreira impenetrável de espinhos, custando a vida dos mais teimosos.

Um dia, um príncipe jovem e corajoso, inspirado na história de seu bisavô, decidiu tentar. Apesar dos avisos, embarcou no centésimo aniversário do festival de batizado e das previsões das fadas. Sua jornada o conduziu por flores perfumadas que milagrosamente se abriram e fecharam para guiá-lo.

No castelo, encontrou guardas e animais em um sono profundo. Corredores cheios de poeira e quartos silenciosos ecoavam seus passos até que chegou à torre. Lá, encontrou Aurora – uma visão de beleza em um sono profundo. Superando o encanto com um beijo, ele despertou Aurora, e todo o reino voltou à vida.

O rei e a rainha, ao encontrar a filha, choraram lágrimas de alegria, agradecendo ao príncipe por quebrar o sono centenário. Sobrecarregada de gratidão, Aurora retribuiu o amor do príncipe. O casal se casou, e o reino, agora livre da maldição, experimentou felicidade e harmonia pelo resto de seus dias. E assim, viveram felizes para sempre.

A bela Adormecida

A MORAL DA HISTÓRIA DA BELA ADORMECIDA

A moral da Bela Adormecida gira em torno das consequências de decisões precipitadas e da exclusão. Adverte contra o descaso com os outros e destaca o poder transformador do verdadeiro amor. A história enfatiza a importância de ações ponderadas, inclusividade e a crença de que o amor verdadeiro pode superar até as maldições mais sombrias. Ensina que a bondade, a compaixão e a influência positiva podem quebrar as correntes da adversidade, levando a um final feliz para sempre.

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Cachinhos Dourados

Cachinhos Dourados E A História Dos Três Ursos

Em uma floresta aconchegante, havia uma adorável família de ursos – Papai, Mamãe e seu ursinho. Eles gostavam de fazer caminhadas semanais, e a Mamãe Urso sempre arrumava a mesa antes de saírem.

Um dia, durante a caminhada, uma menina perdida com cabelos loiros cacheados chamada Cachinhos Dourados descobriu a casa deles. A chamaram de Cachinhos Dourados devido ao seu cabelo único.

Com fome, Cachinhos Dourados sentiu um cheiro delicioso vindo da casa dos ursos. Como os ursos estavam fora, ela entrou. Lá dentro, encontrou três tigelas de sopa. A grande estava muito quente, a do meio muito fria, mas a pequena estava perfeita.

Cachinhos Dourados

Depois de comer, Cachinhos Dourados precisava descansar. A casa tinha três cadeiras. A primeira era muito grande, a segunda muito larga. A terceira era tão pequena que quebrou quando ela se sentou nela!

Sem desanimar, ela continuou explorando e encontrou um quarto no andar de cima com três camas. A maior era dura, a do meio muito macia, mas a menor estava simplesmente perfeita. Sentindo-se aconchegada, Cachinhos Dourados caiu em um sono tranquilo.

Enquanto isso, a família de ursos retornou e encontrou a porta aberta. A sala estava bagunçada, a cozinha caótica. Papai Urso resmungou sobre a sopa, Mamãe Urso se perguntou sobre a mesa, e o ursinho encontrou Cachinhos Dourados em sua cama.

Animado, ele chamou seus pais, e Cachinhos Dourados, assustada, tentou fugir. Papai Urso conseguiu segurá-la, impedindo-a de pular pela janela.

Depois de alguma confusão, os ursos explicaram que era a casa deles, e Cachinhos Dourados gradualmente se acalmou. Em vez de medo, a curiosidade tomou conta à medida que a família de ursos e Cachinhos Dourados começaram a interagir. Os ursos descobriram que Cachinhos Dourados estava perdida e se ofereceram para ajudá-la a encontrar o caminho de casa.

Enquanto caminhavam pela floresta juntos, uma ligação se formou entre a família de ursos e Cachinhos Dourados. Eles compartilharam histórias, risadas e a beleza da floresta. Os ursos, normalmente conhecidos por sua natureza reservada, encontraram alegria na nova amizade.

Ao chegar à casa de Cachinhos Dourados, gratidão e calor encheram o ar. Ela agradeceu aos ursos por sua bondade e pediu desculpas por entrar inadvertidamente em sua casa. A família de ursos, por sua vez, apreciou a aventura e as lições aprendidas sobre hospitalidade e compreensão.

A partir desse dia, a floresta parecia mais vibrante e viva. A família de ursos e Cachinhos Dourados continuaram se encontrando, criando memórias em seu canto encantado. A história dessa amizade improvável se espalhou, lembrando a todos sobre a magia quando a bondade e a compreensão constroem pontes entre diferentes mundos.

Assim, em seu refúgio na floresta, a família de ursos e Cachinhos Dourados viveram harmoniosamente, cada dia trazendo novas aventuras e risadas compartilhadas, um testemunho do duradouro poder da amizade.

Moral da história de Cachinhos Dourados

A moral da história da Cachinhos Dourados é nos ensinar sobre as consequências de nossas ações e a importância de fazer escolhas ponderadas. Ela enfatiza os valores do respeito, humildade e compreensão das diferenças. A história nos incentiva a aprender com nossos erros, estar abertos a amizades inesperadas e praticar a bondade. Cachinhos Dourados serve como lembrete para respeitar a propriedade alheia e abordar situações desconhecidas com cautela. A narrativa destaca a importância da segurança, responsabilidade e as lições duradouras que podemos extrair de nossas experiências. Em última análise, ela sublinha a ideia de que a harmonia e resultados positivos derivam de comportamentos ponderados e considerados.

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Os Três Porquinhos e o Lobo Mau

Os Três Porquinhos e o Lobo Mau

Era uma vez, não muito longe em uma grande floresta, onde viviam três porquinhos com sua família. À medida que cresciam, seus pais notavam que não ajudavam muito com as tarefas ou faziam esforço.

Então, um dia, os pais se reuniram e decidiram que era hora dos três porquinhos, que agora eram adultos, viverem por conta própria. Deram algum dinheiro a cada porquinho e compartilharam conselhos valiosos.

Os três porquinhos foram para a floresta em busca de um bom lugar para construir suas casas.

O porquinho mais preguiçoso, o primeiro, decidiu construir uma casa rapidamente com palha, mesmo que seus irmãos tenham avisado que não era seguro.

O segundo porquinho, um pouco menos preguiçoso, escolheu uma casa de madeira, achando que era mais forte, mas ainda fácil de construir.

O porquinho mais sensato e trabalhador, o terceiro, decidiu

Os Três Porquinhos

construir uma casa forte de tijolos. Levou um tempo, mas depois de três dias de trabalho árduo, a casa estava pronta.

Logo chegou a notícia de que um lobo perigoso estava na floresta. O lobo estava com fome e procurando comida. O lobo primeiro chegou à casa de palha.

O lobo tentou assustar o porquinho que estava dentro, dizendo: “Vá embora, ou vou soprar e soprar e derrubar sua casa!”

Quando o porquinho não abriu a porta, o lobo soprou com tanta força que a casa de palha voou para longe. O porquinho assustado correu para a casa de madeira de seu irmão, com o lobo o perseguindo, mas não conseguindo pegá-lo.

O lobo então tentou a casa de madeira. O porquinho lá dentro achou que era forte, então disse: “Vá embora, você não pode entrar!”

O lobo ameaçou soprar a casa e o fez. Os porquinhos escaparam para a casa de tijolos de seu irmão, com o lobo os perseguindo, mas ainda incapaz de alcançá-los.

Quando o lobo chegou à casa de tijolos e exigiu entrada, os porquinhos cantaram com confiança para provocar o lobo.

O lobo ficou com raiva e tentou soprar a casa, mas não conseguiu. Ele ficou cansado e descansou junto à porta. Então teve a ideia de entrar pela chaminé.

Os porquinhos espertos ferveram um grande pote de água e o colocaram na lareira, no final da chaminé. Quando o lobo desceu pela chaminé, caiu na água quente, o que o machucou. Ele correu até o lago para aliviar as queimaduras e nunca mais incomodou os porquinhos.

Os três porquinhos aprenderam uma lição importante e decidiram viver juntos. Eles perceberam que o trabalho árduo levava a melhores resultados, e foram felizes a partir daquele dia.

A moral de Os Três Porquinhos e o Lobo Mau

A moral da história é que o trabalho árduo, o planejamento e a perseverança levam ao sucesso e à segurança. Na história dos três porquinhos, o porquinho que dedicou tempo e esforço para construir uma casa de tijolos resistente conseguiu enfrentar as ameaças do lobo. Em contraste, os porquinhos preguiçosos que tomaram atalhos e construíram casas frágeis enfrentaram perigo e destruição. Essa história nos ensina que o esforço necessário e a tomada de decisões sábias podem levar a um futuro mais seguro e próspero. Ela enfatiza a importância da diligência e do planejamento na superação de desafios.

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A raposa e as uvas

A Raposa e as Uvas

No mundo encantador das Fábulas de Esopo, existe uma história atemporal de um raposo astuto e um cacho tentador de uvas. “O Raposo e as Uvas” é uma narrativa que tem sido transmitida de geração em geração, oferecendo valiosas lições sobre resiliência e auto-reflexão. Junte-se a nós enquanto exploramos esta história clássica e descobrimos a sabedoria oculta que ela contém.

O Desejo Inatingível do Raposo

Era uma vez, num vinhedo luxuriante, um raposo esperto e astuto deparou-se com uma magnífica videira repleta de uvas suculentas e maduras. A visão destas uvas apetitosas despertou um desejo profundo dentro do raposo. Ele não resistiu à ideia de saborear seu doce sabor. Com entusiasmo e determinação, o raposo tentou alcançar as uvas, mas elas estavam fora de seu alcance. Apesar de seus melhores esforços, ele falhou repetidamente.

Resiliência Diante da Adversidade

A frustração crescia dentro do raposo à medida que ele fazia múltiplas tentativas para alcançar as uvas, e o resultado era o mesmo – elas continuavam inatingíveis. No entanto, em vez de desistir, o raposo demonstrou uma resiliência notável. Ele saltou mais alto, esticou-se mais longe e se esforçou ao máximo em sua busca. Mas ainda assim, as uvas pareciam tão distantes como sempre.

O Ponto de Viragem

Após muitas tentativas e esgotar todos os meios possíveis, o raposo finalmente admitiu a derrota. Com um suspiro, ele percebeu que as uvas estavam fora de seu alcance. Nesse momento, ele experimentou uma mudança de perspectiva. Em vez de permitir que seu desejo o consumisse, ele começou a refletir sobre a situação.

A Sabedoria da Auto-Reflexão

Conforme o raposo deu um passo para trás e tirou um momento para refletir, ele começou a enxergar as coisas de maneira diferente. Ele reconheceu que as uvas eram, de fato, tentadoras, mas também compreendeu que sua inacessibilidade não era o fim do mundo. O raposo aprendeu a se desapegar de seu desejo pelas uvas e aceitou a situação com graça.

A Moral da História

“O Raposo e as Uvas” nos ensina que, por vezes, apesar de nossos melhores esforços, nossos objetivos podem permanecer fora de alcance. No entanto, é essencial demonstrar resiliência diante da adversidade. Além disso, a capacidade de se auto-refletir e abrir mão de desejos inatingíveis pode levar a uma compreensão mais profunda de nossas próprias limitações e a um estado de espírito mais tranquilo.

A raposa e as uvas

Conclusão

No final, a jornada do raposo em busca das uvas serve como um lembrete atemporal de que a verdadeira sabedoria reside não apenas na busca de nossos desejos, mas também em nossa capacidade de se adaptar, abrir mão e encontrar contentamento, mesmo quando esses desejos permanecem insatisfeitos. “O Raposo e as Uvas” é uma história que continua a inspirar e guiar-nos na busca de nossos próprios sonhos e aspirações.

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Pedro e o Lobo

Pedro E O Lobo

Era uma vez um pastor chamado Pedro. Ele tinha o trabalho de cuidar das ovelhas em um grande campo. Pedro fazia isso todos os dias, e podia ser entediante.

Um dia, Pedro teve uma ideia. Ele achou que seria engraçado pregar peças nas pessoas de sua vila. Então, ele correu para a vila gritando: “Socorro! O lobo está vindo!” Os aldeões ouviram e correram para ajudar.

Mas quando chegaram lá, viram Pedro rindo. Ele tinha pregado uma peça neles. Os aldeões não ficaram felizes. Eles voltaram ao trabalho, se sentindo enganados.

No dia seguinte, Pedro fez a mesma coisa. Ele correu para a vila gritando: “Socorro! O lobo está vindo!” Os aldeões vieram correndo para ajudar novamente. Mas mais uma vez, Pedro estava apenas fazendo uma piada. Desta vez, os aldeões ficaram ainda mais chateados. Eles foram embora, zangados com Pedro.

No dia seguinte, Pedro levou suas ovelhas para o campo. Ele ainda estava rindo de suas travessuras. Mas desta vez, algo diferente aconteceu. Um lobo de verdade apareceu. Pedro viu o lobo e ficou com medo. Ele gritou: “Socorro! O lobo está vindo! Ele vai comer todas as ovelhas!”

Mas desta vez, ninguém veio ajudar. Os aldeões não acreditaram mais em Pedro. Eles acharam que era apenas outra brincadeira. Então eles continuaram trabalhando, e os gritos de socorro de Pedro não significaram nada para eles.

Pedro e o Lobo

O lobo atacou as ovelhas, e Pedro ficou muito triste. Ele percebeu que suas travessuras estavam erradas. Ele havia mentido para os aldeões, e agora, quando realmente precisava de ajuda, ninguém acreditava nele.

Pedro aprendeu uma lição difícil naquele dia. Ele entendeu que mentir e fazer piadas com os outros não era uma coisa boa. Isso poderia machucar as pessoas e fazer com que não confiassem em você. A partir daquele dia, ele prometeu nunca mais mentir ou fazer piadas com os outros.

E assim, Pedro se tornou um pastor honesto e um bom amigo dos aldeões. Ele sabia que ser sincero e gentil era mais importante do que pregar peças.

A MORAL DA HISTÓRIA DE PEDRO E O LOBO

A moral da história é que a honestidade e a confiança são virtudes valiosas. Os alarmes falsos repetidos de Pedro fizeram com que os aldeões perdessem a confiança nele e, quando ele realmente precisou de ajuda, ninguém acreditou nele. Este conto nos ensina que a honestidade é fundamental e não devemos pregar peças nos outros, pois isso pode prejudicar nossos relacionamentos e credibilidade.

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O velho sultão

O velho sultão

Era uma vez um camponês que tinha um cão velho e leal chamado Sultan. Sultan tinha perdido todos os dentes e já não conseguia apanhar nada. Um dia, o camponês disse à sua esposa: “Amanhã, vou pôr fim à vida do velho Sultan. Ele já não nos serve para nada.” A sua esposa, com pena de Sultan, sugeriu: “Ele serviu-nos fielmente durante anos; cuidemos dele na sua velhice.”

Mas o camponês discordou, dizendo: “De maneira nenhuma! Ele está sem dentes, e nenhum ladrão tem medo dele. É hora de o deixar ir. Ele teve os seus bons dias.”

Sultan ouviu esta conversa e sentiu-se triste, sabendo que o seu fim estava próximo. Tinha um amigo, um lobo, e nessa noite, foi visitar o lobo na floresta. Partilhou as suas preocupações e medos em relação ao dia seguinte.

O lobo, querendo ajudar o seu amigo, concebeu um plano. Disse: “Eis o que faremos: amanhã, quando o teu mestre e a sua esposa estiverem ocupados a trabalhar nos campos, levarão o filho deles com eles. Deixá-lo-ão atrás de uma cerca, à sombra. Tu deitas-te ao lado da criança como se estivesses a guardá-la. Eu sairei da floresta e fingirei roubar a criança. Tu perseguir-me-ás como se estivesses a resgatar a criança. Eu deixá-lo-ei cair, e tu o devolverás aos pais. Eles ficarão gratos e amar-te-ão novamente.”

Sultan gostou do plano e concordou. No dia seguinte, quando o lobo “roubou” a criança, Sultan perseguiu-o e trouxe a criança de volta. O camponês ficou radiante e disse: “Sultan, és um herói! Vou cuidar de ti pelo resto dos teus dias.”

A partir desse dia, Sultan viveu uma vida confortável e feliz. O lobo ficou satisfeito com o resultado.

No entanto, o lobo abordou mais tarde Sultan e sugeriu: “Sultan, se eu por acaso roubar uma ovelha ao teu mestre, poderás fazer vista grossa e não lhe contar?”

Sultan respondeu firmemente: “Serei sempre fiel ao meu mestre, por isso não posso concordar com isso.”

O lobo não levou Sultan a sério e tentou roubar uma ovelha uma noite. Mas Sultan tinha alertado o seu mestre sobre os planos do lobo, e o camponês estava preparado. Apanhou o lobo em flagrante e mandou-o fugir.

O lobo, em busca de vingança, enviou um javali para convidar Sultan para a floresta e resolver a sua disputa. O único padrinho que Sultan conseguiu encontrar foi um gato de três patas. Quando se aproximavam do local da reunião, o lobo e o seu padrinho viram a cauda do gato erguida e confundiram-na com uma espada. Pensaram que o gato estava a apanhar pedras para as atirar contra eles e ficaram assustados. O lobo subiu a uma árvore, e o javali escondeu-se.

Mas quando Sultan e o gato chegaram, não encontraram ninguém. Desconhecido deles, as orelhas do javali estavam visíveis acima da folhagem. O gato, suspeitando de algo, saltou para cima do javali, confundindo as orelhas com um rato. O javali, de dor, saltou e fugiu a gritar: “O culpado está lá em cima na árvore!”

Sultan e o gato olharam para cima e viram o lobo envergonhado. O lobo aceitou a paz com Sultan, tendo aprendido a sua lição.

moral do velho sultão

A moral desta história é que a lealdade e a bondade são recompensadas, enquanto o egoísmo e a traição levam a consequências. A lealdade de Sultan ao seu mestre e seu ato de salvar a criança, no final, levaram ao seu bem-estar. Por outro lado, o egoísmo e a tentativa de roubo do lobo trouxeram vergonha e punição. Essa fábula nos ensina a importância de ser fiel e altruísta, pois essas qualidades são mais valiosas do que a traição e o egoísmo.

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O Cavalo E O Burro

O Cavalo E O Burro

Há algum tempo, no coração de uma paisagem rural movimentada, viviam um cavalo e um burro. Seus dias eram preenchidos com trabalho árduo, acompanhando seus respectivos condutores até a cidade próxima. Cada dia, eles carregavam cargas pesadas, mas suas experiências nesta jornada eram tão diferentes como a noite e o dia.

O cavalo, uma magnífica criatura, era calmo e gracioso. Sua carga, meras quatro arrobas, pareciam penas em suas costas fortes. Caminhava com uma sensação de facilidade e contentamento. O cavalo, parecia ter encontrado um equilíbrio entre sua força e o peso que carregava.

Por outro lado, o burro tinha uma história muito diferente para contar. Ele, também, estava sobrecarregado por uma carga, mas uma muito mais pesada — oito arrobas, para ser exato. O pobre burro caminhava, gemendo e sofrendo a cada passo. Era como se o mundo tivesse conspirado para sobrecarregar essa humilde criatura além de seus limites.

Um dia, enquanto continuavam em sua jornada compartilhada, o burro não conseguiu mais suportar o peso. Virou-se para o cavalo e, com um suspiro pesado, disse: “Eu não posso mais suportar essa carga. É simplesmente demais para as minhas costas cansadas. Talvez, meu caro amigo, devêssemos compartilhar o fardo igualmente, com seis arrobas para cada um. Dessa forma, podemos continuar nossa jornada juntos.”

O cavalo, ao ouvir essa proposta, pareceu ser tomado por um acesso de riso. Relinchou e zombou alegremente: “Ingênuo e tolo, meu caro amigo! Por que eu carregaria seis arrobas quando posso prosseguir com minhas quatro com facilidade? Não sou o mais sábio aqui? Sua carga é seu problema, caro burro.”

A isso, o burro respondeu: “Sua ganância não tem limites. Mas considere isto, meu amigo, se eu cair sob o peso, você ficará encarregado de carregar não apenas suas quatro arrobas, mas também as minhas seis.”

O cavalo riu novamente, descartando o raciocínio do burro. Ele estava muito absorvido em seu próprio conforto para enxergar o mérito das palavras do burro.

No entanto, o destino tem uma maneira de ensinar lições mesmo aos mais obstinados. Alguns quilômetros adiante, o desastre aconteceu. O infeliz burro tropeçou em uma pedra, e o peso que ele carregava tornou-se insuportável. O pobre animal perdeu a vida naquele dia, incapaz de continuar a jornada.

Os condutores, que estavam seguindo atrás, ficaram cheios de frustração. Eles se depararam com o corpo sem vida de seu fiel burro e com oito arrobas de carga que precisavam chegar à cidade.

Sem hesitação, transferiram todo o peso — oito arrobas — para o cavalo. À medida que faziam isso, o cavalo lutava com a carga imensa. Em suas tentativas fúteis de se libertar, foi chicoteado impiedosamente pelos condutores.

Enquanto o cavalo carregava o peso de sua própria carga, além das oito arrobas do burro, o papagaio que havia observado toda a cena interveio. O papagaio, que tinha acompanhado toda essa história de egoísmo e tolice, exclamou: “Bem feito, cavalo tolo! Você deveria ter sido mais esperto que o burro e entendido que o verdadeiro egoísmo estava em ajudar o burro com a carga excessiva, não em seu próprio conforto. Agora você tem um fardo duplicado para carregar.”

Moral da História: O Cavalo E O Burro

Essa fábula atemporal serve como um lembrete comovente de que o altruísmo e a empatia muitas vezes geram recompensas maiores do que o egoísmo. A recusa do cavalo em compartilhar a carga resultou em um fardo mais pesado e sofrimento tanto para ele quanto para o burro. Ao ajudar os outros nos momentos de necessidade, não apenas aliviamos o sofrimento deles, mas também criamos um mundo em que o fardo de todos se torna um pouco mais leve. O burro sábio entendeu o valor da responsabilidade compartilhada, enquanto o cavalo egoísta aprendeu uma lição dura tarde demais. A moral é clara: o verdadeiro egoísmo está em ajudar os outros quando eles mais precisam.

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O pequeno príncipe e a rosa

o pequeno principe e a rosa

Após uma longa e ponderada caminhada, o Pequeno Príncipe decidiu descansar.

De repente, apareceu uma simpática raposa e saudou-o com um alegre “Bom dia”.

O Pequeno Príncipe respondeu educadamente, embora inicialmente não pudesse ver a raposa.

A raposa informou-o de que estava sentada sob a macieira e apresentou-se como uma raposa.

Achando a raposa bonita, o Pequeno Príncipe perguntou se podiam brincar juntos porque estava um pouco triste.

Mas a raposa explicou que ainda não podiam brincar porque o Pequeno Príncipe não a tinha “cativado”.

Perplexo, o Pequeno Príncipe perguntou o significado de “cativar”.

Reconhecendo que o Pequeno Príncipe não estava familiarizado com o termo, a raposa perguntou o que ele estava procurando.

O Pequeno Príncipe explicou que estava à procura de pessoas, não de galinhas.

Mais uma vez, ele pediu esclarecimentos sobre “cativar”.

A raposa descreveu gentilmente “cativar” como criar um vínculo especial, algo frequentemente esquecido.

A raposa compartilhou que, por enquanto, o Pequeno Príncipe era apenas mais um menino para ela. Eles não precisavam um do outro, e a raposa não precisava do Pequeno Príncipe.

No entanto, a raposa também explicou que se o Pequeno Príncipe conseguisse cativá-la, eles se tornariam únicos um para o outro.

A raposa falou sobre a sua vida monótona, cheia de caça às galinhas e perseguições pelos homens. Para a raposa, tudo e todos pareciam iguais. Mas se o Pequeno Príncipe cativasse a raposa, a vida dela se tornaria vibrante e especial.

pequeno principe e a rosa

A raposa reconheceria o som dos passos do Pequeno Príncipe como uma música linda. Até os campos de trigo, que a raposa anteriormente não se importava, lembrariam o cabelo dourado do Pequeno Príncipe. A raposa valorizaria o som do vento soprando pelo trigo.

Em termos mais simples, a raposa queria ser amiga do Pequeno Príncipe, ter uma conexão única e especial e quebrar a monotonia de sua vida. O Pequeno Príncipe e a rosa também estavam em busca de algo especial, uma conexão que desse sentido às suas vidas.

A raposa permaneceu quieta e olhou para o príncipe por um longo tempo.

“Por favor, seja meu amigo”, disse finalmente a raposa.

“Eu gostaria, mas não tenho muito tempo. Tenho amigos para encontrar e muitas coisas para aprender”, respondeu o príncipe.

“Verdadeiramente entendemos as coisas que importam profundamente para nós”, explicou a raposa. “As pessoas hoje em dia não têm tempo para entender nada. Elas compram tudo pronto nas lojas. Mas você não pode comprar amigos em uma loja. Se você quiser um amigo, então seja meu amigo!”

“O que devo fazer?”, perguntou o Pequeno Príncipe.

“Primeiro, você deve sentar um pouco afastado de mim na grama, assim”, instruiu a raposa. “Eu vou observá-lo pelo canto do olho, e não vamos falar. Palavras podem criar mal-entendidos. Mas a cada dia, venha um pouco mais perto…”

No dia seguinte, o príncipe voltou.

“Teria sido melhor se você viesse no mesmo horário”, observou a raposa. “Por exemplo, se você vier às quatro da tarde, começarei a me sentir feliz às três! À medida que o horário se aproxima, minha felicidade crescerá. Às quatro horas, estarei animada e alegre. Esse é o preço da amizade!”

Assim, o Pequeno Príncipe e a raposa se tornaram amigos. Mas quando chegou a hora de o Pequeno Príncipe partir, a raposa disse: “Oh! Vou sentir saudades de você.”

“É culpa sua”, disse o Pequeno Príncipe. “Eu não queria machucá-la, mas você queria que eu fosse seu amigo.”

“Eu queria isso”, respondeu a raposa.

“Mas você não vai ganhar nada”, disse o príncipe.

“Sim, vou”, insistiu a raposa, “por causa da cor do trigo.”

Então, ela acrescentou: “Agora, vá olhar as rosas. Dessa forma, você perceberá que a sua é única. Volte para se despedir, e eu compartilharei um segredo com você.”

O Pequeno Príncipe visitou as rosas, e quando voltou, disse à raposa: “Adeus.”

“Adeus”, disse a raposa, “E aqui está o meu segredo: você só pode verdadeiramente ver com o coração. As coisas mais importantes são invisíveis aos olhos.”

 

pequeno principe rosa

 

MORAL DO O PEQUENO PRINCIPE E A ROSA

A moral de “O Pequeno Príncipe e a Rosa” enfatiza a importância de amizades genuínas, conexões significativas e apreciação pela singularidade. A história destaca que verdadeiras amizades são construídas com compreensão, paciência e cuidado mútuo. A orientação da raposa para “ver com o coração” realça que as conexões emocionais superam as aparências superficiais.

A realização do Pequeno Príncipe de que sua rosa é única no universo nos lembra de valorizar as características distintas das pessoas e experiências em nossas vidas. Além disso, o “preço da felicidade” na amizade sublinha que investir tempo e esforço em relacionamentos é recompensador.

A história celebra a simplicidade e autenticidade, destacando a beleza da vulnerabilidade da rosa. Em resumo, “O Pequeno Príncipe e a Rosa” nos ensina que o verdadeiro valor está nas conexões profundas e na apreciação da singularidade de cada ser.

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Festa no céu

Festa no céu

No coração de uma exuberante floresta, um boato peculiar começou a se espalhar entre seus habitantes – haveria uma grande Festa no Céu, nas alturas celestiais. Era um evento de empolgação e expectativa imensas, mas o convite exclusivo era estendido apenas àqueles que possuíam a habilidade de voar – as criaturas aladas da floresta. À medida que a notícia da iminente celebração se espalhava pela floresta, a comunidade aviária rejubilava, com sua empolgação enchendo o ar. No entanto, eles também não podiam resistir a criar uma teia de inveja entre os habitantes terrestres da floresta. Em meio a esse alvoroço fervilhante, um participante improvável declarou sua intenção de se juntar às festividades celestiais – o sapo!

O Diferente

O sapo, uma criatura terrestre e pesada, foi recebido com incredulidade em seu anúncio. Sua constituição estava longe de ser propícia para o voo, e a ideia de ele ascender aos céus parecia absurda para os habitantes da floresta. Por vários dias, o pobre sapo se tornou alvo de zombarias incessantes, suas intenções escarnecidas por toda a comunidade da floresta. Diante dessa zombaria, o sapo decidiu que era hora de elaborar um plano.

O Ardiloso Plano do Sapo

O sapo elaborou um plano para garantir seu lugar entre os convidados alados. Nas horas que antecediam a soirée celestial, ele procurou a companhia de um abutre, envolvendo-se em conversas descontraídas e compartilhando risadas com o humor do abutre. À medida que a noite se aproximava, o sapo se despediu de seu novo amigo com a promessa de comparecer.

Mas, em vez de partir, o sapo escolheu um caminho diferente. Ele entrou sorrateiramente na morada do abutre e, ao encontrar o violão do abutre repousando na cama, o sapo decidiu se esconder dentro dele, longe dos olhares curiosos.

A Dança Inesperada do Sapo

À medida que o momento da celebração celestial se aproximava, o abutre, com o violão amarrado no pescoço, voou em direção ao vasto Céu, emitindo um ressonante prru-rru… O sapo, escondido dentro do violão, aproveitou essa oportunidade e pulou para fora, deleitando-se com uma nova emoção.

Para a surpresa dos convidados alados, eles viram o sapo dançando e brincando entre as nuvens. Sua presença no céu não foi nada menos que miraculosa, despertando curiosidade e admiração entre os presentes. À medida que as perguntas surgiam sobre sua ascensão, o sapo habilmente evitava respostas diretas, permitindo que o enigma persistisse enquanto ele se envolvia nas festividades.

O Retorno do Sapo à Terra

Com o romper do amanhecer, o sapo considerou apropriado partir do reino celestial, preparando-se para “viajar” de volta à floresta com o abutre. Ele fez sua saída discretamente, entrando no violão do abutre, que estava descansando despercebido em um canto isolado da reunião celestial. O abutre, agora pronto para retornar ao território familiar, pegou seu violão e partiu em direção à floresta com um ritmado rru-rru-rru…

No meio do voo, o abutre detectou movimento dentro do violão. Para sua surpresa, ele descobriu o sapo – descansando, encolhido como uma bola. A realização o atingiu de que ele havia sido enganado pelo astuto anfíbio.

A Descida do Sapo e a Marca da Engenhosidade

Em resposta à audácia do sapo, o abutre manobrou seu violão até que o sapo caísse das alturas celestiais direto para o chão da floresta. A queda do sapo foi nada menos que espetacular. Ele pousou em meio ao terreno rochoso de um leito de rio, sobrevivendo ao episódio, embora carregasse as marcas de sua notável descida – manchas distintas em suas costas.

MORAL DA HISTÓRIA A FESTA NO CÉU

A história da jornada celestial do sapo serve como uma parábola atemporal sobre astúcia, engenhosidade e o triunfo do convencional. Ela nos lembra que, mesmo diante de desafios aparentemente insuperáveis, a criatividade e a astúcia podem abrir caminho para o sucesso inesperado. O sapo, marcado para sempre por sua escapada celestial, é um testemunho do poder da inteligência e da adaptabilidade, deixando uma marca indelével nos anais da lenda da floresta.

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joão e maria

A História De João E Maria

Há muito tempo, perto de uma floresta, havia uma casinha simples feita de troncos de árvores. Moravam lá um lenhador, sua segunda esposa e seus dois filhos pequenos, João e Maria, que eram do primeiro casamento do lenhador.

A vida na casa do lenhador já era difícil, mas naquele momento ficou ainda mais complicada: não havia comida suficiente para todos. A madrasta, que era muito má, teve uma ideia cruel. Ela disse que dariam um pouco de pão para João e Maria no dia seguinte e depois os levariam para a floresta, onde os abandonariam.

O lenhador não gostou nada dessa ideia cruel, mas a madrasta conseguiu convencê-lo. As duas crianças, que estavam no quarto ao lado, ouviram tudo e Maria não pôde evitar as lágrimas.

— O que faremos agora, João? Se ficarmos sozinhos na floresta, nos perderemos e morreremos.

— Não chore — confortou o irmão. — Eu tenho uma ideia.

João esperou até que seus pais estivessem dormindo, saiu da casa, pegou alguns seixos brancos que brilhavam sob a luz da lua e os guardou no bolso. Em seguida, voltou silenciosamente para a cama. Na manhã seguinte, quando o dia amanheceu, a madrasta acordou as crianças.

 

João E Maria

 

Um tempo atrás, perto de uma floresta, havia uma casa simples feita de troncos de árvores. Nela morava um lenhador, sua segunda esposa e seus dois filhos pequenos, João e Maria, que eram do primeiro casamento do lenhador.

A vida na casa do lenhador já era difícil, mas ficou ainda mais complicada quando faltou comida para todos. A madrasta, que era muito má, teve uma ideia cruel. Ela disse que dariam um pouco de pão para João e Maria no dia seguinte e depois os levariam para a floresta, onde os abandonariam.

O lenhador não gostou dessa ideia cruel, mas a madrasta o convenceu. As duas crianças, que estavam no quarto ao lado, ouviram tudo e Maria não pôde evitar as lágrimas.

“O que faremos agora, João? Se ficarmos sozinhos na floresta, nos perderemos e morreremos”, chorou Maria.

“Não chore”, consolou o irmão. “Eu tenho uma ideia.”

João esperou até que seus pais estivessem dormindo, saiu de casa, pegou algumas pedras brancas que brilhavam sob a luz da lua e as escondeu no bolso. Em seguida, voltou silenciosamente para a cama. Na manhã seguinte, quando o dia amanheceu, a madrasta acordou as crianças.

 

Fomos até a floresta, o lenhador e a esposa na frente, e as crianças atrás. João deixou cair uma pedra branca a cada dez passos, mas ninguém percebeu. Quando estavam bem dentro da floresta, a madrasta disse que João e Maria deveriam descansar enquanto eles cortavam lenha. Eles prometeram voltar para buscá-los depois.

Depois de esperar muito tempo, João e Maria comeram o pão que tinham e, exaustos, adormeceram. Quando acordaram, já era noite, e seus pais não estavam em lugar algum.

“Estamos perdidos! Nunca encontraremos o caminho de volta para casa!”, chorou Maria.

“Não se preocupe. Quando a Lua aparecer no céu, encontraremos o caminho de casa”, tranquilizou seu irmão.

Quando a Lua finalmente apareceu, as pedras brancas que João tinha deixado pelo caminho começaram a brilhar. Seguindo essas pedras, eles conseguiram voltar para a cabana.

Seus pais ficaram surpresos ao vê-los. O lenhador estava secretamente feliz, mas sua esposa não estava. Enquanto se preparavam para dormir, ela insistiu que tentassem o mesmo plano novamente. João, que ouviu tudo, quis sair para recolher mais pedras, mas não pôde, pois a madrasta trancou a porta. Maria estava muito aflita.

“Como poderemos nos salvar desta vez?”

“Nós vamos dar um jeito, você vai ver.”

Na madrugada do dia seguinte, a madrasta acordou as crianças novamente, e eles voltaram para a floresta. Enquanto caminhavam, João esmigalhou todo o pão deles, deixando um rastro. Desta vez, eles foram ainda mais longe de casa, e quando chegaram a uma clareira, seus pais os deixaram lá, dizendo que precisavam cortar mais lenha.

João e Maria adormeceram, com fome e cansados. Quando acordaram, estava muito escuro, e Maria começou a chorar. Mas desta vez, eles não conseguiram encontrar o caminho de volta porque os pássaros tinham comido todas as migalhas. Eles caminharam a noite inteira e durante todo o dia seguinte, sem conseguir sair da floresta, e estavam com muita fome.

De repente, viram uma casa muito bonita. Eles se aproximaram, curiosos, e ficaram encantados ao ver que o telhado era feito de chocolate, as paredes eram de bolo e as janelas eram feitas de doces.

“Uau!”, exclamou João.

Ele correu para morder o telhado de doces, enquanto Maria enchia a boca com bolo, rindo. De repente, uma voz fininha vinda de dentro da casa perguntou:

“Quem está mordiscando o telhado e roendo as paredes?”

Pensando que era uma menina da idade deles, as crianças responderam:

“É o Saci-pererê fazendo graça com você!”

Subitamente, a porta da casinha se abriu, e de lá saiu uma velha muito feia, mancando e apoiada em uma muleta. João e Maria ficaram assustados, mas a velha sorriu, mostrando sua boca sem dentes.

Há muito tempo, numa casa de madeira perto da floresta, morava um lenhador com sua segunda esposa e seus filhos, João e Maria, do casamento anterior dele.

A vida já era difícil, e a comida estava escassa. A madrasta, má e esperta, propôs um plano cruel: dariam um pedaço de pão para João e Maria e depois os abandonariam na floresta.

As crianças ouviram tudo e ficaram assustadas. João, o irmão mais velho, teve uma ideia. Na noite anterior à partida, ele pegou pedras brancas brilhantes da floresta e as escondeu.

No dia seguinte, quando foram para a floresta, João deixou um rastro de pedras enquanto caminhavam. A madrasta pensou que as crianças estavam perdidas.

Na segunda vez, João usou migalhas de pão como trilha, mas os pássaros as comeram. Agora, eles estavam realmente perdidos.

Até que encontraram uma casa de doces, mas uma bruxa vivia lá! A bruxa queria comê-los, então ela trancou João num porão para engordar e fazê-lo de comida.

Maria era esperta. Um dia, quando a bruxa pediu para verificar o forno, Maria a empurrou para dentro e a bruxa queimou.

João e Maria escaparam, encontraram tesouros na casa da bruxa e voltaram para casa. Seu pai estava feliz e arrependido por tê-los abandonado. Eles viveram felizes e cheios de riquezas.

 

A MORAL DA HISTÓRIA DE JOÃO E MARIA

A moral da história de João e Maria é que a bondade, a astúcia e a união da família podem superar até mesmo as situações mais difíceis e perigosas. A história destaca a importância de irmãos que se apoiam mutuamente e não desistem um do outro, mesmo quando enfrentam adversidades.

Além disso, a história adverte sobre as consequências da ganância e da maldade, mostrando que aqueles que tentam prejudicar os outros muitas vezes acabam encontrando seu próprio castigo.

Em resumo, a história ensina que a força da família, a coragem e a empatia são virtudes poderosas que podem ajudar as pessoas a superar desafios e alcançar um final feliz, mesmo quando confrontadas com situações terríveis.

 

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