Festa no céu

Festa no céu

No coração de uma exuberante floresta, um boato peculiar começou a se espalhar entre seus habitantes – haveria uma grande Festa no Céu, nas alturas celestiais. Era um evento de empolgação e expectativa imensas, mas o convite exclusivo era estendido apenas àqueles que possuíam a habilidade de voar – as criaturas aladas da floresta. À medida que a notícia da iminente celebração se espalhava pela floresta, a comunidade aviária rejubilava, com sua empolgação enchendo o ar. No entanto, eles também não podiam resistir a criar uma teia de inveja entre os habitantes terrestres da floresta. Em meio a esse alvoroço fervilhante, um participante improvável declarou sua intenção de se juntar às festividades celestiais – o sapo!

O Diferente

O sapo, uma criatura terrestre e pesada, foi recebido com incredulidade em seu anúncio. Sua constituição estava longe de ser propícia para o voo, e a ideia de ele ascender aos céus parecia absurda para os habitantes da floresta. Por vários dias, o pobre sapo se tornou alvo de zombarias incessantes, suas intenções escarnecidas por toda a comunidade da floresta. Diante dessa zombaria, o sapo decidiu que era hora de elaborar um plano.

O Ardiloso Plano do Sapo

O sapo elaborou um plano para garantir seu lugar entre os convidados alados. Nas horas que antecediam a soirée celestial, ele procurou a companhia de um abutre, envolvendo-se em conversas descontraídas e compartilhando risadas com o humor do abutre. À medida que a noite se aproximava, o sapo se despediu de seu novo amigo com a promessa de comparecer.

Mas, em vez de partir, o sapo escolheu um caminho diferente. Ele entrou sorrateiramente na morada do abutre e, ao encontrar o violão do abutre repousando na cama, o sapo decidiu se esconder dentro dele, longe dos olhares curiosos.

A Dança Inesperada do Sapo

À medida que o momento da celebração celestial se aproximava, o abutre, com o violão amarrado no pescoço, voou em direção ao vasto Céu, emitindo um ressonante prru-rru… O sapo, escondido dentro do violão, aproveitou essa oportunidade e pulou para fora, deleitando-se com uma nova emoção.

Para a surpresa dos convidados alados, eles viram o sapo dançando e brincando entre as nuvens. Sua presença no céu não foi nada menos que miraculosa, despertando curiosidade e admiração entre os presentes. À medida que as perguntas surgiam sobre sua ascensão, o sapo habilmente evitava respostas diretas, permitindo que o enigma persistisse enquanto ele se envolvia nas festividades.

O Retorno do Sapo à Terra

Com o romper do amanhecer, o sapo considerou apropriado partir do reino celestial, preparando-se para “viajar” de volta à floresta com o abutre. Ele fez sua saída discretamente, entrando no violão do abutre, que estava descansando despercebido em um canto isolado da reunião celestial. O abutre, agora pronto para retornar ao território familiar, pegou seu violão e partiu em direção à floresta com um ritmado rru-rru-rru…

No meio do voo, o abutre detectou movimento dentro do violão. Para sua surpresa, ele descobriu o sapo – descansando, encolhido como uma bola. A realização o atingiu de que ele havia sido enganado pelo astuto anfíbio.

A Descida do Sapo e a Marca da Engenhosidade

Em resposta à audácia do sapo, o abutre manobrou seu violão até que o sapo caísse das alturas celestiais direto para o chão da floresta. A queda do sapo foi nada menos que espetacular. Ele pousou em meio ao terreno rochoso de um leito de rio, sobrevivendo ao episódio, embora carregasse as marcas de sua notável descida – manchas distintas em suas costas.

MORAL DA HISTÓRIA A FESTA NO CÉU

A história da jornada celestial do sapo serve como uma parábola atemporal sobre astúcia, engenhosidade e o triunfo do convencional. Ela nos lembra que, mesmo diante de desafios aparentemente insuperáveis, a criatividade e a astúcia podem abrir caminho para o sucesso inesperado. O sapo, marcado para sempre por sua escapada celestial, é um testemunho do poder da inteligência e da adaptabilidade, deixando uma marca indelével nos anais da lenda da floresta.

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